Sem ti, simplesmente

Mariette Garcia     18 de Agosto 1937 - 2 de Fevereiro 2010

Avó, 

Não há ninguém que me vá fazer mais falta que tu. Eu adoro-te. Eu preciso de ti...

Quando cheguei a casa depois de saber que não voltarias, sei que parece estúpido, mas posso jurar que te ia telefonar e dizer o quanto infeliz estava. Não ias atender, eu sei. Mas são hábitos que eu tenho e que me vão custar a desaparecer. Porque quando eu precisava de ti, tu lá estavas, quando eu estava infeliz, tu lá estavas quando eu estava feliz, tu lá estavas. Estiveste sempre lá...

Tu eras aquela a quem eu telefonava a dar as boas notiicias e que depois não me continha e ia a correr para tua casa para te contar tudo pessoalmente. Eras aquela que quando me via mal, ajudava me e realmente fazias me sentir melhor. 

Por um lado custa ver todas as pessoas que choraram por ti, mas por outro, vê-se o quanto te amavam o quão importante eras para toda aquela gente.

estiveste sempre lá. Sempre.

Agora não estás e eu não sei o que fazer. Não sei como ouvir a tua voz, como deitar a minha cabeça no teu colo, como te contar as minhas coisas. Não sei...

Quero estar contigo. Não quero que te tenhas ido de verdade...Volta.

Se há alguém que te vai lembrar, amar e respeitar sempre sou eu. 

Adoro-te.

A minha avó e o meu irmão.

Julho de 2000